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25/07/2025

Avanço na seleção de propostas no segundo dia do 12º Congresso Estadual de Profissionais do Crea-PR

 

Profissionais de diversas modalidades e regiões contribuem para o desenvolvimento das cidades por meio das Engenharias, Agronomia e Geociências.

O segundo dia do 12º Congresso Estadual de Profissionais (CEP) do Crea-PR, realizado em Foz do Iguaçu, foi marcado por debates técnicos, troca de experiências e muito engajamento dos participantes. Diretores do Conselho, conselheiros, colaboradores, representantes de entidades de classe e profissionais de diversas regiões do Paraná deram continuidade aos trabalhos iniciados na abertura do evento, com o objetivo de fortalecer as propostas de políticas públicas relacionadas à atuação das Engenharias, da Agronomia e das Geociências no desenvolvimento do estado e do país.

O CEP é promovido a cada três anos e antecede o Congresso Nacional de Profissionais (CNP), que será realizado nos dias 10 e 11 de outubro em Vitória (ES). Nesta etapa estadual, entre 109 propostas priorizadas pelas regionais – originadas de um total de 337 apresentadas nas Inspetorias – serão escolhidas 10 para representar o Paraná na etapa nacional.

Abertura dos trabalhos e painéis temáticos

Na manhã desta quinta-feira (24), o coordenador do 12º CEP, Eng. Seg. Trab. Verginio Stangherlin, abriu os trabalhos do dia dando boas-vindas aos participantes. Em seguida, a vice-presidente do Crea-PR, Eng. Civ. Margolaine Giacchini, falou sobre a expectativa em torno das propostas: “Não tenho dúvidas de que as propostas escolhidas terão grande impacto na sociedade”, afirmou.

O segundo dia do 12º Congresso Estadual de Profissionais (CEP) do Crea-PR, realizado em Foz do Iguaçu, foi marcado por debates técnicos, troca de experiências e muito engajamento dos participantes. Diretores do Conselho, conselheiros, colaboradores, representantes de entidades de classe e profissionais de diversas regiões do Paraná deram continuidade aos trabalhos iniciados na abertura do evento, com o objetivo de fortalecer as propostas de políticas públicas relacionadas à atuação das Engenharias, da Agronomia e das Geociências no desenvolvimento do estado e do país.

O CEP é promovido a cada três anos e antecede o Congresso Nacional de Profissionais (CNP), que será realizado nos dias 10 e 11 de outubro em Vitória (ES). Nesta etapa estadual, entre 109 propostas priorizadas pelas regionais – originadas de um total de 337 apresentadas nas Inspetorias – serão escolhidas 10 para representar o Paraná na etapa nacional.

Abertura dos trabalhos e painéis temáticos

Na manhã desta quinta-feira (24), o coordenador do 12º CEP, Eng. Seg. Trab. Verginio Stangherlin, abriu os trabalhos do dia dando boas-vindas aos participantes. Em seguida, a vice-presidente do Crea-PR, Eng. Civ. Margolaine Giacchini, falou sobre a expectativa em torno das propostas: “Não tenho dúvidas de que as propostas escolhidas terão grande impacto na sociedade”, afirmou.

 

A manhã seguiu com palestras introdutórias aos cinco eixos temáticos do Congresso, oferecendo aos congressistas uma visão geral dos desafios e oportunidades relacionados a cada tema. Segundo a assessora da Comissão Organizadora do 12º CEP e gerente de Fiscalização do Crea-PR, Eng. Amb. Mariana Maranhão, a proposta foi “conscientizar os participantes sobre os assuntos específicos de cada eixo, com base no que acontece no Estado, e também em nível nacional e até internacional, dependendo do tema.”

Palestras técnicas aprofundam os debates

No painel Saneamento Básico, o palestrante Eng. Amb. Felipe Marcel Dalmas Kotwiski destacou os desafios do setor e o papel fundamental dos profissionais do Sistema. “Mais de 40% da população brasileira ainda não tem acesso ao saneamento. O novo marco legal (Lei 14.026/20) estabelece que esse índice precisa subir para 90% até 2033: um desafio para nós, das Engenharias e Agronomia, que estamos na linha de frente”, destacou. Ele também abordou a relação entre saneamento e saúde pública: “Investimento em saneamento é economia na saúde”.

Kotwiski apresentou um panorama com dados do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), abordando metas até 2040, os investimentos públicos e o impacto direto na qualidade de vida da população. “É essencial discutir propostas viáveis dentro deste eixo para levarmos boas ideias à etapa nacional”, completou.

No painel Qualidade Ambiental, a Eng. Amb. Joice Cristini Kuritza Denck Gonçalves abordou a temática da poluição sonora como um fator invisível, mas que afeta diretamente a saúde das pessoas. “A audição é um sentido que não desliga. O ruído ambiental pode causar distúrbios do sono, estresse e até doenças cardiovasculares”, explicou.

Ela apresentou ferramentas e tecnologias acessíveis para diagnóstico e monitoramento, como aplicativos que promovem ciência cidadã, e defendeu a criação de políticas públicas que incentivem paisagens sonoras urbanas saudáveis. “Se não posso diminuir o ruído, posso melhorar a percepção com vegetação e ambientes acolhedores. A Engenharia tem papel estratégico na construção de cidades mais salutogênicas, ou seja, que promovem saúde”, afirmou.

No painel “Cidades Inteligentes: conforto, acessibilidade e sustentabilidade como pilares do futuro urbano”, o engenheiro Eduardo Filipe Mazzarolo Marques (iCities) destacou a urgência de se repensar os ambientes urbanos frente às mudanças climáticas e desigualdades sociais. Ele alertou sobre o aumento do estresse térmico e propôs soluções como telhados verdes, pinturas frias e arborização para reduzir temperaturas. A construção civil foi apontada como setor-chave na transição sustentável, representando 40% do consumo energético global. Como exemplo, citou o Hospital Erastinho, em Curitiba, um edifício inteligente com resultados expressivos em economia de recursos, produtividade e saúde dos usuários.

nspirado no modelo urbano 22@ de Barcelona, Marques defendeu o equilíbrio entre interesses públicos e privados na requalificação das cidades. Experiências nacionais como o programa Rua Completa (Porto Alegre) mostraram que pequenas intervenções podem dobrar a circulação de pedestres e estimular o comércio local. O iCities já atuou em mais de 500 municípios, e segundo Marques, o sucesso das cidades inteligentes depende de liderança local e políticas públicas, mesmo em cidades pequenas como Assaí (PR). Ele sugeriu o uso do Walk Score para orientar ações em mobilidade urbana.

No painel sobre Engenharia Pública como Estratégia de Desenvolvimento no Paraná, o geógrafo Marcos Aurélio Pelegrina (SETI-PR) apresentou o Paraná como o estado que mais investe em ciência e tecnologia no Brasil. Os investimentos são guiados por cinco áreas prioritárias: Agricultura, Saúde, Energia Renovável, Cidades Inteligentes e Sociedade. Destacou-se o programa Projetek, que oferece projetos executivos de engenharia a municípios com até 30 mil habitantes, por meio de sete escritórios regionais. É também o maior programa de formação em BIM no país.

Outras iniciativas incluem o Paraná Empreende Mais, com foco em cultura empreendedora e inovação; a Jornada da Produtividade para melhoria industrial; e o Especializa Paraná, que identifica vocações regionais. No setor da saúde, o Vale do Genoma já sequenciou mais de 1.200 amostras, aplicando genômica para diagnóstico e tratamento de doenças. Também foram mencionados projetos como o Purunã, o Pró-Cevada e a criação de uma robusta infraestrutura tecnológica, como o anel de conectividade entre universidades e laboratórios estaduais abertos à população. Pelegrina reforçou que a engenharia pública é essencial para transformar conhecimento em soluções concretas, afirmando: “Quem não tem estratégia é a estratégia de alguém.”

Por fim, no painel sobre Desenvolvimento Sustentável Energético para os Municípios, o engenheiro Rodrigo Priss (Copel) apresentou as ações da empresa para garantir fornecimento de energia confiável, especialmente diante do aumento de eventos climáticos severos no Paraná. A principal causa de desligamentos é a vegetação, o que levou à criação de um sistema de georreferenciamento de 1,6 milhão de árvores, com podas calendarizadas e projeto de lei em andamento para regulamentação da vegetação urbana.

A Copel também desenvolveu, com o Simepar, um sistema de previsão de impactos baseado em inteligência artificial, que permite mobilização preventiva das equipes técnicas. Investimentos de R$ 2 bilhões foram aplicados na automação da rede, incluindo 24 mil religadores e o uso do sistema self-healing, que isola automaticamente falhas na rede e reduz o tempo de resposta.

Indicadores da ANEEL mostram que o Paraná ocupa a quinta posição nacional em qualidade de fornecimento de energia, sendo Curitiba a capital com os melhores índices. Priss também destacou a evolução da geração distribuída (GD) e o Programa de Eficiência Energética (PEE), que aplica 0,5% da receita operacional líquida das distribuidoras em projetos de eficiência, via chamadas públicas anuais. A Copel reforça seu compromisso com inovação e sustentabilidade para apoiar o desenvolvimento dos municípios paranaenses.

Trabalhos em grupo e escolha das propostas

Na parte da tarde, os congressistas foram divididos em cinco grupos de trabalho, de acordo com os eixos temáticos. Cada grupo debateu cerca de 20 propostas, com o objetivo de selecionar cinco para serem levadas à Plenária Final, onde serão escolhidas as 10 que representarão o Paraná no CNP.

O coordenador do 12º CEP, Verginio Stangherlin, celebrou o envolvimento dos participantes:
“Como coordenador, estou me sentindo lisonjeado por estar ao lado de profissionais que vieram defender as 109 propostas que estão sendo debatidas. Toda essa movimentação mostra o comprometimento dos delegados e proponentes, que buscam apoio dentro dos seus grupos para que suas propostas avancem. Esta é a primeira vez que o Congresso Estadual debate para fora, para a sociedade, mostrando o papel da Engenharia, da Agronomia e das Geociências no desenvolvimento do estado. Estou muito feliz, contente e esperançoso com o que será definido amanhã.”

A Eng. Amb. Mariana Maranhão também destacou o entusiasmo dos participantes: “Pelo que conversei com convidados e profissionais que não estão no dia a dia do Crea, senti uma animação muito grande com a possibilidade de mostrar o quanto sua atuação contribui para o desenvolvimento das cidades. Mesmo quem não conseguiu priorizar sua própria proposta entende que o foco é viabilidade, algo possível de ser implantado no município.”

 

Fonte Assessoria Crea-Pr

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